Um gosto amargo do passado
Proibida pela Anvisa de vender sucos à base de aloe vera, a americana Forever Living aposta em uma bebida energética para recuperar a receita.
Por Rafael FREIRE
Qual a semelhança entre o telefone fixo, que você vê na foto abaixo, e os sucos à base de aloe vera (popularmente conhecida como babosa) produzidos pela empresa americana Forever Living? É que os dois, agora, são coisa do passado. O primeiro cresce a taxas vegetativas há vários anos no Brasil. O segundo, desde novembro de 2011, teve sua venda proibida no País pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por não ser comprovada a segurança da substância como alimento. A medida obrigou a Forever Living, que é a maior fabricante mundial de cosméticos e bebidas à base de aloe vera, a tirar do mercado seis tipos de sucos. Eles eram responsáveis por uma receita de US$ 45 milhões, aproximadamente 27% de suas vendas no Brasil em 2010.
Junqueira, da Forever Living: bebida energética (acima) deve reduzir perdas
com o fim da venda de sucos.
O remédio que a filial brasileira encontrou para reduzir os impactos da proibição foi o FAB (Forever Active Boost), uma bebida energética sem a famosa babosa. “Esperamos cobrir a lacuna deixada pelos sucos”, afirma Fernando Junqueira, diretor-geral da subsidiária local. A Forever Living, que fatura US$ 2,8 bilhões mundialmente, manterá a mesma estratégia que usa para vender seus outros produtos. A empresa trabalha com um método do tipo pirâmide, no qual o representante ganha bonificações de acordo com o volume de vendas que ele gera por meio de suas indicações. Desse modo, a marca tem uma carteira de um milhão de clientes fixos em todo o País. “Nossa propaganda é o boca a boca”, diz o executivo. “Queremos atrair os clientes pelo preço baixo e pelo sabor.”
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